Retomando essa bagaça aqui, da República Tcheca pegamos um trem de Praga para Dresden, a capital da Saxônia Alemã. A dica que dou é comprar o bilhete no site da Deutsche Bahn (https://www.bahn.de/p/view/index.shtml). Lá escolher a opção Praga-Berlim com Stopover em Dresden (sem nenhum custo adicional!). Vale muito a pena, você usa o mesmo bilhete para as duas viagens (lembra de guardar!).
E outra coisa, lembra de reservar lugar no trem, em especial se estiver com gente um pouco insegura com o ambiente. Meus pais estavam comigo neste trecho e ficaram "receosos" de ficarem longe de mim por não falarem nada de inglês. Enfim, evitem esse stress desnecessário.
Como íamos seguir viagem e só tínhamos duas noites, ficamos em um hotel perto da estação de trem de Dresden, o Intercity. É impressionante que tantos anos após ter sido arrasada pelos aliados, a cidade ainda é um grande canteiro de obras. Com certeza ser Engenheiro Civil na Alemanha deve ser uma profissão com um amplo mercado.
Nossa intenção era conhecer as redondezas, pois chegamos umas 12:00, fizemos check-in e saímos pela cidade a pé, ah sim, a viagem de trem de Praga passa por paisagens lindas (fique do lado direito do trem!).
Estávamos com fome e a primeira coisa que vimos rápida e barata são os famigerados Kebabs (tem um em cada canto da Alemanha dada a forte imigração de turcos lá). Por todos os cantos você vê "Döner Kebab" escrito. São basicamente dois tipos principais: Kebab in Brot (no pão) e Kebab in Durun (aquele enrolado no papel aluminio). Abaixo os umas fotos que achei na net para facilitar a escolha:
Kebab in Durun
Kebab in Brot
Eu prefiro o Durum por ser mais autentico, peça com pouca pimenta e extra Garlic (comida árabe sem alho não existe!!). E claro tomei com uma cerveja (Tuborg, muito boa!).
Fomos andando pela Praguer Strasse cruzando modernas lojas (tem até uma T.K Maxx, que é a versão alemã da T.J Maxx americana, sempre se encontra algo de marca barato por aqui). Mas o Euro tá caro... então esquece! Passamos pela frente das principais atrações, a entrada do Zwinger e depois a Frauenkirche. A Frauenkirche estava fechada por ser domingo (igreja luterana, já havia tido o serviço do dia), e o Zwinger fechava as 17:00, como já era 15:00 não valia a pena pagar o preço total para só duas horas de museu. Resolvemos continuar o passeio a pé pela frente do rio Elba. Lugar realmente bonito.
Notei bem poucos estrangeiros em comparação com Praga (Ok, é covardia comparar). Mas vi muitos Alemães (muitos grupos de idosos). Cheguei a constatação que Dresden é mais uma cidade de turismo regional.
Como escurecia às 21:00 ainda tinha muito para ver e por se tratar de uma atração ao ar livre (e gratuita) fomos na rua do Fürstenzug (https://goo.gl/maps/4sYrmLfR4552).
O Fürstenzug é um enorme mural de cerâmica que mostra como se fosse em procissão diversos reis e nobres que comandavam a saxônia através dos séculos. É praticamente uma aula de história, um grande infográfico artístico. Nele estão retratados desde os reis da idade média lá no fim do lado direito, depois os da época do renascimento até os anos de 1800 na esquerda.
No dia seguinte (segunda) fomos ao Zwinger, ou melhor, não fomos, pois cometi um erro básico de ir a um museu numa segunda-feira (o dia em que eles mais fecham!) E claro não foi diferente, estava fechado... Meu interesse era conhecer a Gemäldegalerie Alte Meister (Galeria dos antigos mestres), e minha mãe queria ver o museu de porcelana. Bom, eu tinha um coelho na cartola, já tinha me precavido com um plano B: Dresden Schwebebahn.
Munidos do bilhete de trem com viagens à vontade durante a estadia que o Intercity fornecia aos hóspedes, atravessamos a ponte do rio Elba a pé e chegamos a Neustadt (cidade nova), que era o cartão de visitas da DDR (sim, Dresden ficava na Alemanha Oriental). Almoçamos por lá antes de seguir. Esta parte da cidade, bem diferente da parte histórica, tem aquela estética comunista (predios compridos e monótonos até perder de vista). Contudo, está sendo revitalizada, e nos andares debaixo existiam lojinhas e cafés (parecia a parte Hipster da cidade). Em Bucareste, anos atrás, eu vi coisa bem mais comunista raiz que isso, mas essa é outra história e viagem... Da Neustadt pegamos o metrô (ou seria elétrico?) até a parada Schillerplatz (acho que demorou 1h) e de lá andamos até a entrada do Schwebebahn. Eu gosto de pegar transporte público para conhecer de verdade!
O Schwebebahn é um bonde suspenso, mas ao invés de cabos, são trilhos. Você sobe até o ponto mais alto de Dresden. Olha a vista dessa minha foto:
Subimos com um grupo de idosos alemães. Estava muito quente, pra lá de 35 graus. E olha ...um cheiro de sovaco mal lavado terrível dos velhos!!!! Havia no bonde um audio que explicava algo, mas estava todo em Alemão, então foi ver a paisagem mesmo.
Voltamos ao hotel e já era umas 15:00, mas só foi para um leve refresco pois tinhamos que ir a Frauenkirche. E conseguimos ir! Ela é uma igreja protestante que foi completamente destruída pelos aliados, tendo sido reconstruída só nos anos 90 após a reunificação alemã. Tem uma estátua de Lutero na frente e no subsolo uma exposição sobre a destruição e reconstrução da igreja.
Acho bem interessante visitar, talvez seja pelo fato de estar acostumado desde sempre com igrejas católicas, entrar em uma igreja protestante tão antiga é algo diferente. (Com certeza as igrejas são bem mais sóbrias que aquele delírio de beleza das igrejas católicas romanas.)
No dia seguinte, íamos de trem para Berlim ao meio-dia, mas perae... e o Zwinger? Bom, acabamos que tivemos que fazer o que não queríamos, passar por todo o museu em 2 horas (das 9:00 às 11:00) e correr pra estação de trem. Só fomos eu e a Jane Baker, meus pais acharam que era muita correria. Foi um pouco corrido mas deu certo!
Tem o famoso quadro de Canaletto da visão de Dresden.
Vamos comparar as impressões de Canaletto e Chinaski de 2018?
E outra coisa, lembra de reservar lugar no trem, em especial se estiver com gente um pouco insegura com o ambiente. Meus pais estavam comigo neste trecho e ficaram "receosos" de ficarem longe de mim por não falarem nada de inglês. Enfim, evitem esse stress desnecessário.
Como íamos seguir viagem e só tínhamos duas noites, ficamos em um hotel perto da estação de trem de Dresden, o Intercity. É impressionante que tantos anos após ter sido arrasada pelos aliados, a cidade ainda é um grande canteiro de obras. Com certeza ser Engenheiro Civil na Alemanha deve ser uma profissão com um amplo mercado.
Nossa intenção era conhecer as redondezas, pois chegamos umas 12:00, fizemos check-in e saímos pela cidade a pé, ah sim, a viagem de trem de Praga passa por paisagens lindas (fique do lado direito do trem!).
Estávamos com fome e a primeira coisa que vimos rápida e barata são os famigerados Kebabs (tem um em cada canto da Alemanha dada a forte imigração de turcos lá). Por todos os cantos você vê "Döner Kebab" escrito. São basicamente dois tipos principais: Kebab in Brot (no pão) e Kebab in Durun (aquele enrolado no papel aluminio). Abaixo os umas fotos que achei na net para facilitar a escolha:
Kebab in Durun
Kebab in Brot
Eu prefiro o Durum por ser mais autentico, peça com pouca pimenta e extra Garlic (comida árabe sem alho não existe!!). E claro tomei com uma cerveja (Tuborg, muito boa!).
Fomos andando pela Praguer Strasse cruzando modernas lojas (tem até uma T.K Maxx, que é a versão alemã da T.J Maxx americana, sempre se encontra algo de marca barato por aqui). Mas o Euro tá caro... então esquece! Passamos pela frente das principais atrações, a entrada do Zwinger e depois a Frauenkirche. A Frauenkirche estava fechada por ser domingo (igreja luterana, já havia tido o serviço do dia), e o Zwinger fechava as 17:00, como já era 15:00 não valia a pena pagar o preço total para só duas horas de museu. Resolvemos continuar o passeio a pé pela frente do rio Elba. Lugar realmente bonito.
Notei bem poucos estrangeiros em comparação com Praga (Ok, é covardia comparar). Mas vi muitos Alemães (muitos grupos de idosos). Cheguei a constatação que Dresden é mais uma cidade de turismo regional.
Como escurecia às 21:00 ainda tinha muito para ver e por se tratar de uma atração ao ar livre (e gratuita) fomos na rua do Fürstenzug (https://goo.gl/maps/4sYrmLfR4552).
O Fürstenzug é um enorme mural de cerâmica que mostra como se fosse em procissão diversos reis e nobres que comandavam a saxônia através dos séculos. É praticamente uma aula de história, um grande infográfico artístico. Nele estão retratados desde os reis da idade média lá no fim do lado direito, depois os da época do renascimento até os anos de 1800 na esquerda.
No dia seguinte (segunda) fomos ao Zwinger, ou melhor, não fomos, pois cometi um erro básico de ir a um museu numa segunda-feira (o dia em que eles mais fecham!) E claro não foi diferente, estava fechado... Meu interesse era conhecer a Gemäldegalerie Alte Meister (Galeria dos antigos mestres), e minha mãe queria ver o museu de porcelana. Bom, eu tinha um coelho na cartola, já tinha me precavido com um plano B: Dresden Schwebebahn.
Munidos do bilhete de trem com viagens à vontade durante a estadia que o Intercity fornecia aos hóspedes, atravessamos a ponte do rio Elba a pé e chegamos a Neustadt (cidade nova), que era o cartão de visitas da DDR (sim, Dresden ficava na Alemanha Oriental). Almoçamos por lá antes de seguir. Esta parte da cidade, bem diferente da parte histórica, tem aquela estética comunista (predios compridos e monótonos até perder de vista). Contudo, está sendo revitalizada, e nos andares debaixo existiam lojinhas e cafés (parecia a parte Hipster da cidade). Em Bucareste, anos atrás, eu vi coisa bem mais comunista raiz que isso, mas essa é outra história e viagem... Da Neustadt pegamos o metrô (ou seria elétrico?) até a parada Schillerplatz (acho que demorou 1h) e de lá andamos até a entrada do Schwebebahn. Eu gosto de pegar transporte público para conhecer de verdade!
O Schwebebahn é um bonde suspenso, mas ao invés de cabos, são trilhos. Você sobe até o ponto mais alto de Dresden. Olha a vista dessa minha foto:
Subimos com um grupo de idosos alemães. Estava muito quente, pra lá de 35 graus. E olha ...um cheiro de sovaco mal lavado terrível dos velhos!!!! Havia no bonde um audio que explicava algo, mas estava todo em Alemão, então foi ver a paisagem mesmo.
Voltamos ao hotel e já era umas 15:00, mas só foi para um leve refresco pois tinhamos que ir a Frauenkirche. E conseguimos ir! Ela é uma igreja protestante que foi completamente destruída pelos aliados, tendo sido reconstruída só nos anos 90 após a reunificação alemã. Tem uma estátua de Lutero na frente e no subsolo uma exposição sobre a destruição e reconstrução da igreja.
Acho bem interessante visitar, talvez seja pelo fato de estar acostumado desde sempre com igrejas católicas, entrar em uma igreja protestante tão antiga é algo diferente. (Com certeza as igrejas são bem mais sóbrias que aquele delírio de beleza das igrejas católicas romanas.)
No dia seguinte, íamos de trem para Berlim ao meio-dia, mas perae... e o Zwinger? Bom, acabamos que tivemos que fazer o que não queríamos, passar por todo o museu em 2 horas (das 9:00 às 11:00) e correr pra estação de trem. Só fomos eu e a Jane Baker, meus pais acharam que era muita correria. Foi um pouco corrido mas deu certo!
Tem o famoso quadro de Canaletto da visão de Dresden.
Vamos comparar as impressões de Canaletto e Chinaski de 2018?
Canaletto vendo Dresden (1751)
Chinaski vendo Dresden (2018)
Bom é isso, aí corremos para a estação de trem. Próxima parada Berlim.
Aguçou ainda mais minha vontade de conhecer a Alemanha! Estava pensando em ir ano que vem para lá. Agora que vem um inglesinho(a), não sei se vou conseguir manter o plano.
ResponderExcluirDahora essa viagem hein Chinaski! viajar é muito bom, espero repetir em breve.
Pois é, estou providenciando TB um herdeiro, mas ainda não está no forno. Esse ano dadas as instabilidades vou viajar pelo Brasil. Petropolis e Teresópolis no Rio.
ResponderExcluirA Alemanha é a Europa que deu certo, voltava fácil la!