sábado, 22 de julho de 2017

Delações etc...

Uma coisa que "parece" que deu pra aprender neste curto espaço em que tento aprender sobre bolsa e buy 'n hold é que:

  1. Dá trabalho você tirar suas próprias conclusões, e dá medo que você esteja errado (em especial a longo prazo);
  2. Você NÃO está imune às oscilações de mercado, por exemplo, quando saiu a bomba da gravação do cara da JBS com o golpista Temer, praticamente TUDO caiu. É, caiu, mas se você escolheu empresas mais seguras, elas caem menos, como mostra o gráfico;
  3. Realmente não entendo alguém entrar em um fundo que replica IBOV É difícil de entender isso, pois no meio de coisa boa, tem muito lixo. Aplicar dinheiro em lixo de forma consciente me parece bem imprudente;
  4. Ainda estou aprendendo, mas uma coisa difícil é tentar desligar do app que acompanha a cotação diária, por que como também vemos no gráfico, se você não vai vender naquele dia, pra quê ficar olhando o gráfico o tempo todo né?
  5. A meta é continuar estudando, até ficar com 10% do patrimônio em ações e aí observar o big picture for a while, e avançar ou esperar.

domingo, 9 de julho de 2017

Deflação OOOOOBAAAA????????

Sério que no meio de tanta reportagem sobre a deflação (link) ninguém teve a chance de explicar que isso é péssimo?

A mídia não sabe muito bem como atacar esse assunto, uma vez que para o povão pode soar como coisa boa os preços caindo dada a nossa memória traumatizada de inflação galopante dos anos 80, ou pode parecer que o golpista governo fez algo de bom. Ficam só dizendo que: É, isso aconteceu e é por causa da crise que continua, emprego em baixa, etc, etc...

Deflação na verdade é um dos piores cenários existentes economicamente (olha só um leigo falando...). Como o professor Versignassi ensina em Crash (link). Imagina você numa economia deflacionada na segunda-feira, aí você tem que comprar uma coisa que não é tão urgente, por exemplo, um microondas novo, já que o seu está velho e não tem Grill (kkkk). Você vai nas Casas Bahia e vê aquele Microondas por R$479,00. Aí você passa por lá na terça-feira e o produto está por R$450,00, na quarta, está por R$439,00. E por aí vai ladeira abaixo...

Você vai comprar esse microondas quando? E quem sabe?? Quer dizer então que começa a surgir na cabeça das pessoas a percepção de que é melhor ficar com o dinheiro no bolso, aguardando o dia seguinte, pois os preços vão cair ainda mais. É o famoso, fiado só amanhã meio distorcido. Na verdade é a prova de que essa economia está de joelhos e que além de parar, começa a andar para trás.

Às vezes inflação é necessária, vejam a comemoração do Japão quando finalmente houve inflação naquele país. (https://www.ft.com/content/16528756-ffae-11e6-96f8-3700c5664d30), só que lá o problema é outro, desemprego baixíssimo, as pessoas já tem tudo de tudo e são super noiadas a poupar fortemente (população muito idosa ainda traumatizada com a guerra). Enfim, essa economia não anda, aí o governo tem que injetar inflação para ver se esse pais cresce.
Bem diferente daqui não?

Ah sim, geralmente quando político é pego com propina lá, eles nem tem muito trabalho, a desonra faz eles se suicidarem.

Bem diferente daqui não?
:P

segunda-feira, 3 de julho de 2017

MInimalismo

    Tem no Netflix um documentário interessante chamado "Minimalism" (link). Debate acerca de pessoas que tratam o consumo como uma doença que necessita de desintoxicação e procuram ter uma vida minimalista, cortando os excessos. Isso faz bastante sentido tanto nos USA como também no Brasil. Ele discorre sobre os exageros da sociedade americana atual, com casas enormes de 500 mil dólares, com hipotecas  a perder de vista, garagens cheias de tralha e que às vezes as pessoas ainda não satisfeitas com todos os cacarecos que tem ainda alugam garagens para estocar mais "coisas" que tem e não sabem onde colocar nas suas casas enormes (link). <O engraçado é que lá mesmo nas casas grandes ainda não tem nem ducha higiênica em banheiro, usam toalhinhas kkkk, deixo isso para ouro comentário>
    Enfim, é feita uma análise sobre o boom no consumo, desde a facilidade de compra, (pois lá nos USA nem senha você coloca para pagar, é só "swipe the card" nas maquininhas e pronto), até a redução de preços dos bens através da entrada da China como fábrica do mundo produzindo stuff sem parar a preços módicos com mão de obra barata. Mostra-se ainda o efeito do marketing nas pessoas, como nestes movimentos de Black Friday, ou se tratando de lançamento de produtos 2.0 praticamente iguais à versão 1.0 anterior (IPhone 7 é igual ao IPhone 6, com uma besteira a mais). Ou seja você é definido pelas coisas que tem, aliás, você é aquilo que você tem. Neste contexto lembro quando lançaram as tevês com tecnologia 3D em casa. E hoje pergunto, alguém usa essa porcaria com frequência? Acho difícil, primeiro, porque essa historia de 3D é um engodo para encarecer os ingressos do cinema e uma distração quando o roteiro é ruim. Segundo, se trata de uma diferenciação banal, usada apenas para "agregar" valor a um produto que tem que fazer o essencial: Boa imagem, bom som e durar alguns anos.
    Na continuação do documentário mostra algumas reações minimalistas ao consumo compulsivo, como por exemplo o conceito de Tiny Houses (link), que são casinhas bem pequenas, de uns 20m² parecendo uma casa de bonecas que as pessoas passam a morar. É engraçado, às vezes pois são beeeem pequenas mesmo, até para o padrão brasileiro de classe média. Transportando para o Brasil seriam aqueles Studios em grandes prédios, estilo 10 apartamentos por andar. Outra iniciativa, é o projeto 333 (link). No Project 333 o desafio ė tentar viver por 3 meses com apenas 33 peças de vestuário, incluindo aí roupa para trabalhar, roupa intima, para prática de esportes, passeio, etc... Particularmente difícil para algumas mulheres, onde as vezes com o guardas roupas mesmo cheio dizem: Não tenho nada pra usar... Rsrsrs
Acho esse desafio bastante ousado, em especial para países com grande variedade de temperatura, pois você tem uma grande variabilidade de temperatura, aí vai ter que queimar mais fichas com mais roupas para usar no mesmo dia.
No final do documentário há um pensamento que faz total sentido para o consumismo enlouquecido:

 "Você nunca vai ficar satisfeito de ter coisas que não precisa".