segunda-feira, 3 de julho de 2017

MInimalismo

    Tem no Netflix um documentário interessante chamado "Minimalism" (link). Debate acerca de pessoas que tratam o consumo como uma doença que necessita de desintoxicação e procuram ter uma vida minimalista, cortando os excessos. Isso faz bastante sentido tanto nos USA como também no Brasil. Ele discorre sobre os exageros da sociedade americana atual, com casas enormes de 500 mil dólares, com hipotecas  a perder de vista, garagens cheias de tralha e que às vezes as pessoas ainda não satisfeitas com todos os cacarecos que tem ainda alugam garagens para estocar mais "coisas" que tem e não sabem onde colocar nas suas casas enormes (link). <O engraçado é que lá mesmo nas casas grandes ainda não tem nem ducha higiênica em banheiro, usam toalhinhas kkkk, deixo isso para ouro comentário>
    Enfim, é feita uma análise sobre o boom no consumo, desde a facilidade de compra, (pois lá nos USA nem senha você coloca para pagar, é só "swipe the card" nas maquininhas e pronto), até a redução de preços dos bens através da entrada da China como fábrica do mundo produzindo stuff sem parar a preços módicos com mão de obra barata. Mostra-se ainda o efeito do marketing nas pessoas, como nestes movimentos de Black Friday, ou se tratando de lançamento de produtos 2.0 praticamente iguais à versão 1.0 anterior (IPhone 7 é igual ao IPhone 6, com uma besteira a mais). Ou seja você é definido pelas coisas que tem, aliás, você é aquilo que você tem. Neste contexto lembro quando lançaram as tevês com tecnologia 3D em casa. E hoje pergunto, alguém usa essa porcaria com frequência? Acho difícil, primeiro, porque essa historia de 3D é um engodo para encarecer os ingressos do cinema e uma distração quando o roteiro é ruim. Segundo, se trata de uma diferenciação banal, usada apenas para "agregar" valor a um produto que tem que fazer o essencial: Boa imagem, bom som e durar alguns anos.
    Na continuação do documentário mostra algumas reações minimalistas ao consumo compulsivo, como por exemplo o conceito de Tiny Houses (link), que são casinhas bem pequenas, de uns 20m² parecendo uma casa de bonecas que as pessoas passam a morar. É engraçado, às vezes pois são beeeem pequenas mesmo, até para o padrão brasileiro de classe média. Transportando para o Brasil seriam aqueles Studios em grandes prédios, estilo 10 apartamentos por andar. Outra iniciativa, é o projeto 333 (link). No Project 333 o desafio ė tentar viver por 3 meses com apenas 33 peças de vestuário, incluindo aí roupa para trabalhar, roupa intima, para prática de esportes, passeio, etc... Particularmente difícil para algumas mulheres, onde as vezes com o guardas roupas mesmo cheio dizem: Não tenho nada pra usar... Rsrsrs
Acho esse desafio bastante ousado, em especial para países com grande variedade de temperatura, pois você tem uma grande variabilidade de temperatura, aí vai ter que queimar mais fichas com mais roupas para usar no mesmo dia.
No final do documentário há um pensamento que faz total sentido para o consumismo enlouquecido:

 "Você nunca vai ficar satisfeito de ter coisas que não precisa".


3 comentários:

  1. 33 peças para homem tudo bem.

    estou criando um quarda roupa atemporal só com peças básicas masculinas:
    http://acervost.blogspot.com/2018/04/codigo-estilo-curso-pratico-para-o.html

    a ideia é ter o mínimo, mas preserva a elegância.

    abs!

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    1. Li o seu post, achei interessante, se pararmos para ver, no dia a dia nossa vida roda em volta de uns 6, 7 pares de roupas (sempre as mesmas) aí colocamos elas no armário e esquecemos. Uma coisa que me pergunto: O que fazer com roupas velhas? Digo as velhas MESMO com furos, manchadas, rasgadas... Lixo?

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    2. "O que fazer com roupas velhas? Digo as velhas MESMO com furos, manchadas, rasgadas... Lixo?"

      pelo ponto de vista do curso código estilo, o destino delas seria lixo, pois a ideia é ter poucas e boas peças de vestuário, o que implica em ter todas em perfeito estado de utilização.

      o curso não fala, mas a depender do valor e qualidade da roupa pode ser viável gastar com uma reforma em algum alfaiate ou costureira.

      pessoalmente, acredito que excepcionalmente deva se manter certas peças em razão da memória afetiva, mas tem ser pouquíssimas (ou apenas uma), pois dessa forma não haveria impacto no guarda-roupa.

      ex.: uma roupa dada por alguém querido. (não que isso seja a melhor forma de honrar a memória da pessoa, mas cada um com seu cada um).

      abs!

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